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Lucro Real: 4 vantagens

Lucro Real: 4 vantagens

Descubra como funciona o Lucro Real, suas vantagens, quem deve optar por esse regime tributário e como ele impacta as finanças da sua empresa. Leia mais e tire suas dúvidas!

Lucro Real: Tudo o que você precisa saber

O regime de Lucro Real é um dos principais regimes tributários adotados pelas empresas no Brasil. Destinado a companhias de maior porte ou aquelas obrigadas por lei, o Lucro Real permite que o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sejam apurados com base no lucro efetivo da empresa. Neste post, vamos abordar como funciona o Lucro Real, as suas vantagens, como calcular, quem pode optar por ele, e quando o Lucro Real é mais vantajoso do que outros regimes, como o Lucro Presumido e o Simples Nacional.

Ao final, incluímos uma seção de perguntas frequentes (FAQ) para ajudar você a esclarecer as principais dúvidas sobre o Lucro Real.

O que é o Lucro Real?

O Lucro Real é um regime tributário no qual o cálculo dos tributos federais é feito com base no lucro líquido contábil da empresa, ajustado por adições, exclusões e compensações previstas na legislação fiscal. Esses ajustes podem aumentar ou reduzir a base de cálculo do imposto, permitindo que a tributação seja feita de acordo com a realidade econômica da empresa.

Os tributos principais apurados por esse regime são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro real, com um adicional de 10% para o que exceder R$ 20.000,00 mensais. Já a CSLL tem uma alíquota de 9%, variando conforme a atividade da empresa.

O Lucro Real pode ser apurado de duas formas:

  1. Trimestralmente: A cada trimestre a empresa deve fazer a apuração dos lucros e pagar os tributos correspondentes.
  2. Anualmente, com recolhimentos mensais por estimativa: A empresa faz pagamentos mensais com base em uma estimativa de lucro e ajusta o valor no final do ano, quando realiza o balanço.

Quem deve optar pelo Lucro Real?

A legislação brasileira obriga determinadas empresas a optarem pelo regime de Lucro Real. Em geral, empresas com receita bruta anual superior a R$ 78 milhões ou que atuam em setores específicos, como bancos e financeiras, são obrigadas a adotar esse regime. Veja algumas situações em que o Lucro Real é obrigatório:

  • Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões.
  • Instituições financeiras, como bancos e corretoras de seguros.
  • Empresas que se beneficiam de incentivos fiscais ou isenções.
  • Empresas que realizam atividades de factoring, entre outros.

Vantagens do Lucro Real

  1. Ajuste com Base no Lucro Efetivo: A principal vantagem do Lucro Real é que ele reflete a realidade financeira da empresa. Se a empresa tiver um ano ruim, com prejuízo ou margens de lucro muito baixas, ela pagará menos imposto ou até mesmo poderá compensar prejuízos fiscais em exercícios futuros.
  2. Compensação de Prejuízos Fiscais: Empresas que operam no regime de Lucro Real podem compensar prejuízos de anos anteriores com o lucro tributável de anos subsequentes, até o limite de 30% do lucro ajustado. Isso proporciona uma economia fiscal em tempos de crise ou flutuações no mercado.
  3. Dedução de Despesas Operacionais: No Lucro Real, praticamente todas as despesas operacionais necessárias para o funcionamento da empresa podem ser deduzidas da base de cálculo do imposto. Isso inclui salários, aluguel, energia, depreciação de bens, entre outros custos.
  4. Benefícios Fiscais e Incentivos: Algumas empresas optantes pelo Lucro Real podem usufruir de benefícios fiscais, como incentivos à inovação (Lei do Bem), exportações ou investimento em determinadas regiões e setores.

Desvantagens do Lucro Real

  1. Complexidade Contábil: A principal desvantagem do Lucro Real é sua complexidade. A empresa precisa manter uma contabilidade rigorosa e bem estruturada, além de fazer ajustes frequentes no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). Isso aumenta os custos administrativos e a necessidade de um acompanhamento próximo de contadores e consultores fiscais.
  2. Tributação sobre o Lucro Real: Se a empresa tiver um lucro elevado, o Lucro Real pode resultar em uma carga tributária alta. Nesses casos, regimes como o Lucro Presumido podem ser mais vantajosos, principalmente para empresas com margens de lucro pré-determinadas.
  3. Obrigatoriedade de Controles Rigorosos: Empresas no Lucro Real precisam manter registros detalhados de todas as suas operações e transações financeiras. Qualquer erro ou falha na contabilidade pode gerar autuações e multas por parte da Receita Federal.

Como é feito o cálculo do Lucro Real?

O cálculo do Lucro Real é feito a partir do lucro contábil da empresa, com ajustes previstos na legislação. Veja o passo a passo:

  1. Lucro Líquido Contábil: O ponto de partida é o lucro líquido da empresa, calculado conforme as regras da contabilidade brasileira.
  2. Adições: São despesas ou custos que, apesar de contabilizados, não são aceitos para fins de apuração do imposto, como multas fiscais ou despesas não essenciais ao negócio.
  3. Exclusões: São receitas que, embora contabilizadas, não são tributáveis, como dividendos recebidos de outras empresas ou incentivos fiscais.
  4. Compensações: Se a empresa teve prejuízos fiscais em anos anteriores, ela pode compensá-los com o lucro do período atual (até o limite de 30% do lucro ajustado).
  5. Base de Cálculo do Imposto: Após os ajustes, chega-se à base de cálculo sobre a qual serão aplicadas as alíquotas de IRPJ e CSLL.

Lucro Real vs. Lucro Presumido: Qual escolher?

Enquanto o Lucro Real apura os tributos com base no lucro efetivo da empresa, o Lucro Presumido adota uma presunção do lucro com base em percentuais definidos por lei, que variam conforme o setor de atuação da empresa. O Lucro Presumido é mais simples de calcular, mas pode ser desvantajoso para empresas que têm uma margem de lucro real abaixo da presunção legal.

Empresas com muitos custos dedutíveis, como aquelas que investem fortemente em capital ou operam em mercados voláteis, geralmente se beneficiam mais do Lucro Real. Já empresas com margens de lucro elevadas e poucas despesas dedutíveis podem preferir o Lucro Presumido.

Conclusão

O Lucro Real é um regime tributário que oferece maior flexibilidade para empresas que precisam refletir fielmente seus resultados financeiros e reduzir a carga tributária com base em despesas e prejuízos reais. Embora seja mais complexo e exija uma contabilidade bem estruturada, pode ser a melhor escolha para empresas de maior porte ou aquelas que precisam maximizar a eficiência tributária em ambientes econômicos desafiadores.

Se você está em dúvida sobre qual regime tributário escolher para a sua empresa, é fundamental contar com o auxílio de um contador especializado ou consultor tributário para fazer a escolha mais estratégica e vantajosa para o seu negócio.

Quem é obrigado a optar pelo Lucro Real?

Empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões anuais, instituições financeiras, empresas que recebem lucros do exterior ou se beneficiam de incentivos fiscais devem optar pelo Lucro Real.

Quais são as principais vantagens do Lucro Real?

As principais vantagens são a compensação de prejuízos fiscais, a dedução de despesas operacionais e a flexibilidade na tributação com base no lucro efetivo da empresa.

Qual a diferença entre Lucro Real e Lucro Presumido?

No Lucro Real, os tributos são calculados com base no lucro efetivo da empresa, enquanto no Lucro Presumido a tributação é feita com base em uma presunção do lucro, simplificando os cálculos.

Posso mudar do Lucro Presumido para o Lucro Real?

Sim, a empresa pode optar por mudar de regime no início de cada ano-calendário, desde que atenda aos requisitos legais para cada regime.

O que é o LALUR?

O LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) é um livro fiscal utilizado pelas empresas optantes pelo Lucro Real para registrar ajustes ao lucro contábil que impactam a apuração do imposto.

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